Você nem deve ter notado ou conhecido alguns deles, mas estes acessórios, que já estiveram presentes nos carros, ficaram extintos com a evolução tecnológica e a mudança de costumes de motoristas e passageiros. Confira!
Acendedor de cigarros
Em 1989, 34% da população adulta fumava no Brasil. Já em 2013, esse índice caiu para 11%. A redução do número de fumantes nos últimos 25 anos, no País, fez com que ficássemos em terceiro lugar mundial entre as nações que mais empreenderam esforços nesse sentido. Antigamente, no entanto, a naturalidade com que se encarava o hábito ou vício de fumar se refletia nos carros. Praticamente todos eles vinham com um acendedor de cigarros formado por uma resistência que esquentava através de corrente elétrica. Com a redução no número de fumantes e o apelo por uma vida mais saudável, o acendedor deu lugar a uma tomada de 12 V na esmagadora maioria dos veículos.
Cinzeiro
Como ar condicionado era item restrito a pouquíssimos modelos de luxo e a violência urbana não assustava tanto, a maioria dos veículos rodava com os vidros abertos. E fumar com o carro em movimento era bastante frequente. Por isso, não era difícil encontrar cinzeiros na forração das portas. A mudança de hábitos da sociedade fez com que o cinzeiro fosse substituído por porta-objetos. Entre eles estão os espaços para as saudáveis garrafas de água, por exemplo.
Alça de apoio
Nos anos 1960 e 1970, nem se falava em cinto de segurança. Era comum, nesses tempos, encontrar alças de plástico ou de borracha onde os passageiros podiam se amparar em caso de freadas bruscas. As do Fusca se tornaram as mais clássicas. Mas ela também equipavam seus derivados (carros da Volkswagen que foram lançados com a mesma mecânica, como Brasília, TL e Variant, entre outros) Outro exemplo de veículo que trazia o acessório era o DKW Vemag.
Quebra-vento
A popularização do ar condicionado no Brasil começou no fim da década de 1990. Até essa época, eram raros os modelos que vinham de fábrica com o recurso. Geralmente, só os de alto luxo contavam com ele. O calor no Brasil, no entanto, sempre existiu.
Por isso, a solução mais barata e acessível que os motoristas tinham para amenizar a temperatura no interior do veículo era o quebra-vento. Tratava-se de uma peça de vidro que desviava o ar e o jogava com mais força para a parte interna à medida que o carro se movimentava. Foi na década de 1990, como dissemos, que os automóveis começaram a ganhar novos desenhos que não previam mais o quebra-vento. O Gol, por exemplo, o eliminou a partir da versão 1995. O Santana o manteve até 1997. Também tivemos modelos “vanguardistas”, que já chegaram ao Brasil sem o item. O Ford Escort, lançado em meados da década de 1980, e o Chevrolet Corsa, cuja produção começou em 1994, são exemplos.
Afogador
Desde a década de 1990, carros brasileiros não trazem mais o carburador como componente responsável pela injeção e queima de combustível. Mas nos tempos em que a eletrônica não estava presente nos veículos, o motorista acionava todos os comandos por alavancas, cabos e botões, que funcionavam de forma mecânica. Tudo era feito empurrando ou puxando algum controle que se movimentava e influenciava o funcionamento do carro.
O afogador era um desses comandos. Em situações como motor frio, por exemplo, o motorista puxava um botão no painel que estava ligado ao carburador por um cabo de aço. E com isso, aumentava a quantidade de combustível jogado no processo de queima, para melhorar o desempenho ou ajudar o carro a “pegar” no frio, por exemplo. A injeção eletrônica, que calcula a quantidade de ar e combustível automaticamente através de uma central de processamento, aposentou o carburador e o afogador.