Transferência eletrônica. Fila, sensação de gasto desnecessário e – geralmente – um teste de paciência. Quem já fez transação com um veículo sabe a novela burocrática que envolve o processo de transferência do vendedor para o comprador. A boa notícia, no entanto, é que isso finalmente começa a mudar. Desde o ano passado o Governo Federal instituiu um sistema de assinatura eletrônica que permite a transferência através da plataforma gov.br.
A facilidade começou com a permissão de transações entre pessoas físicas e revendas de veículos, em alguns estados. Depois o sistema foi sendo ampliado e o estágio final será implantado a partir de 24 de março próximo, quando comprador e vendedor poderão fazer a transferência através do aplicativo Carteira Digital de Trânsito, sem a necessidade de mediação de uma revenda.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a autorização de transferência poderá ser feita por qualquer proprietário de veículo desde que ele tenha documentação digital (carros saídos de fábrica ou transferidos a partir do dia 4 de janeiro de 2021). A novidade contou com o apoio da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), entidade que representa 26 associações regionais com cerca de 48 mil revendedores de veículos usados.
Para o presidente da Fenauto, Enilson Sales, “o esforço desenvolvido pelo Governo Federal para digitalizar e simplificar o processo tem o nosso apoio, pois reverterá em benefícios para todos, com menos burocracia e, consequentemente menos gastos”.
Vale ressaltar, no entanto, que no Ceará a novidade não estará disponível porque o Detran do Estado não se integrou à plataforma do Governo Federal. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o assunto ainda está sendo debatido e não foi informada previsão de quando sairá uma definição. Por aqui, continua o processo sendo feito em cartório.