Um espectador mais atento de Fórmula 1 certamente já ouviu, dos narradores do evento, a palavra “telemetria”. No campeonato, ela é usada para que os engenheiros e demais técnicos de cada equipe acompanhem em tempo real uma série de parâmetros sobre o carro. Mas o que é, exatamente, esse recurso, e como ele funciona?
Partindo do sentido original dos termos que a formam, a telemetria significa medição (“metria”) à distância (“tele”). Através de comunicação sem fio, que pode ser digital ou analógica (rádio, wi-fi, telefonia móvel e até satélite são alguns meios), informações colhidas por sensores são repassadas para uma central de monitoramento. Começamos citando a Fórmula 1, porque ela é a maior vitrine, mas as aplicações para esse recurso, no universo automotivo, são inúmeras.
Em carros de passeio, por exemplo, temos o OnStar, da Chevrolet. Ele permite o recebimento de relatórios periódicos sobre dados importantes para o bolso do proprietário, como nível e eficiência no uso do combustível, vida útil do óleo e pressão dos pneus, dentre outros. De forma similar funcionam o Connect Me, da Fiat, e o Bluelink, da Hyundai.
Telemetria é velha aliada das empresas
No setor de logística, a telemetria também tem grande utilidade. Em um país com muitos roubos de carga e preços altos dos bens duráveis como o Brasil, os caminhões na estrada são um prato cheio para quadrilhas de ladrões. Funcionando via sinal de rádio, telefonia ou satélite, os rastreadores presentes no veículo emitem sinais em tempo real, não só quando ele está nas rodovias abertas, mas também em túneis, garagens e galpões.
A telemetria também ajuda na segurança. Há veículos com sensores que detectam, por exemplo, a fadiga do motorista. Isso permite que seu comportamento seja acompanhado remotamente e operadores do sistema de rastreamento possam tomar medidas para evitar possíveis acidentes.
Em resumo, com os veículos cada vez mais conectados, funcionalidades da telemetria pouco a pouco vão fazendo parte do cotidiano da maioria dos motoristas. É provável que muita gente nem sequer saiba o nome desse recurso, mas vai se acostumar com ele e incorporá-lo ao cotidiano.