Kwid – Com as reviravoltas do mercado brasileiro, que foi inundado por SUVs e está diminuindo cada vez mais as opções de carros de entrada (não temos mais, por exemplo, o Fiat Uno, o Nissan March nem o Toyota Etios, e o Renault Sandero vai sair de linha), o ultracompacto Renault Kwid foi um dos poucos que restaram nessa faixa. E o resultado de como esses veículos ainda continuam necessários está em um dado que a Renault divulgou: lançado no início de agosto de 2017, o Kwid ultrapassou a marca de 300 mil unidades vendidas.
Descrito pela montadora, com certo exagero, como “o primeiro SUV compacto urbano” o Kwid consegue oferecer um razoável espaço interno e um bagageiro com volume (290 litros) muito próximo ao do que é disponível em modelos mais caros como o Fiat Argo e o Chevrolet Ônix. Renovado no início deste ano, ele é oferecido em três versões de acabamento: Zen, Intense e Outsider. Todas são equipadas com o motor 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) de três cilindros que rende 71 cv de potência com etanol no tanque e 68 cv com gasolina. O torque é de 10,0 kgfm com etanol e 9,4 kgfm com gasolina.
Kwid elétrico desembarcou no país
“O Kwid é o primeiro carro de muitos jovens e de muitas famílias. Atrai muitos consumidores que vinham do mercado de usados e agora estão comprando seu primeiro veículo zero-quilômetro. No último ano, 25% dos clientes de Kwid tiveram acesso à mobilidade, ou seja, eram clientes que não tinham carro anteriormente”, explica Bruno Hohmann, vice-presidente comercial da Renault do Brasil. O executivo mostra uma realidade boa para a empresa e triste para os consumidores: estamos com poucas opções de carros novos “baratos” e o Kwid, realmente, se revela como uma das poucas alternativas para esses consumidores com menor poder aquisitivo.
Aproveitando o merecido sucesso do seu modelo, a Renault também divulgou, na semana passada, que chegou o primeiro lote do Kwid E-Tech, opção com motor 100% elétrico e preço de aproximadamente R$ 150 mil. “Entre os destaques do Kwid E-Tech estão a facilidade de poder ser carregado em uma tomada doméstica e o baixo custo por quilômetro rodado, até oito vezes inferior ao carro a combustão de porte similar”, diz a Renault.
A questão, agora, é saber se alguém vai se dispor a pagar esse valor para rodar em um carro tão pequeno e com autonomia suficiente para rodar bem apenas na cidade, porque na estrada dificilmente vai achar um lugar para fazer a recarga da bateria.