Shell V-Power, Ipiranga DT Clean, Petrobras Grid, Ale Plus. Todas as grandes redes de postos têm um combustível aditivado. No entanto, ao contrário do que sugerem nomes como “Power” e “Grid”, usados por Shell e Petrobras, por exemplo, uma gasolina aditivada não vai transformar o carro em um bólido de corridas.
A função dos aditivos é ajudar a manter componentes do motor livres de resíduos. Pelo menos em parte, já que é difícil deixar tudo 100% puro. Esses resíduos são resultantes do processo de funcionamento do motor ao longo dos anos. E eles podem afetar peças como bicos injetores, pistões e outras partes internas que estão envolvidos no processo de queima de combustível e da movimentação que vai impulsionar o veículo.
Apesar de não serem explicitamente recomendados pelas montadoras, os combustíveis aditivados tampouco são desaconselhados por elas. Consultamos alguns manuais e vimos que em alguns casos não há nem referência ao tipo de gasolina ou álcool usados.
Encontramos apenas recomendações de que o combustível pode ser aditivado, desde que seja de qualidade e dentro das especificações estabelecidas pelos órgãos de controle do País. Mas você sabe como usar esse tipo de combustível da forma correta? Confira algumas dicas que reunimos com base em informações fornecidas pela Shell:
Grau de pureza
Sobre esse tema, é preciso ressaltar que a única diferença entre o combustível aditivado e o “comum” é a adição de produtos químicos que servem como detergentes e anticorrosivos. Como o próprio nome diz, são elementos apenas adicionados, que não alteram a composição química original. O que define a qualidade da gasolina, na verdade, é o processo de refinamento. É nele que o teor de pureza é definido.
Aumento de potência
– Em relação a um suposto “poder” da gasolina aditivada de aumentar a potência do motor, saiba que ele não existe. Como dissemos, os aditivos servem para limpar o sistema de injeção e componentes como válvulas e pistões e proteger contra a corrosão. Isso pode até trazer um melhor rendimento do motor, mas não diferenças significativas no desempenho. O que traz esse benefício são as gasolinas com maior octanagem. Exemplos delas são a Shell V-Power Racing e a Petrobras Podium.
Falhas no motor
Colocar combustível aditivado em um veículo que só usa o tipo “comum” há vários anos não irá causar, necessariamente, problemas de funcionamento no motor. Mas há o risco de que fragmentos de sujeira que estejam acumulados se soltem após a ação dos aditivos. E eles podem acabar indo parar em algum compartimento. Por isso, o ideal é fazer manutenções preventivas, levando o carro para revisões. Esse cuidado irá permitir saber o real estado do motor e com isso o mecânico poderá dizer se há ou não risco no uso de combustível aditivado.