Há pouco tempo, fizemos aqui matéria sobre o Abarth, versão apimentada do Fiat 500. Tivemos agora oportunidade de guiar o modelo de entrada da versão 2015 do ultracompacto da montadora: o Cult com câmbio manual. Bem diferente do Abarth, o Cult tem suspensão mais macia e um silêncio interno que torna quase imperceptível o trabalho do motor. É um carro completamente adaptado para o trânsito urbano e, se não é divertido nem voa baixo como o Abarth, cumpre bem as funções a que se propõe.
No Brasil de hoje, muitas pessoas veem um ultracompacto com alguma ressalva, afinal, carro no nosso país ainda é símbolo de status e tamanho é documento. Mas a verdade é que, com crise ou não, o espaço de nossas cidades tende a ficar cada vez mais restrito para automóveis de uso individual. Nesse cenário, modelos como o Fiat 500 – e suas qualidades, que listaremos a seguir – têm grande potencial para ajudar a melhorar nosso trânsito.
Para começar, o carrinho tem 3,5 metros de comprimento e 1,62 de largura. Isso significa que onde cabem duas picapes Hilux de cabine dupla, você consegue colocar três unidades do 500. Já em relação à largura, ele é 11 cm mais estreito que um Logan, por exemplo. Na prática, isso significa que o 500 cabe nas vagas mais improváveis, seja em estacionamentos ou na hora de escapar do trânsito parado naquele espaços mínimos que sobram na rua.
No quesito espaço interno, o modelo é do estilo “nada sobra, nada falta”. Há razoável espaço para porta-objetos nas portas, e dois porta-copos no console central. O câmbio é posicionado no painel frontal, para otimizar o aproveitamento da área disponível. Os botões que controlam o menu do computador de bordo são minúsculos e ficam ao lado do mostrador do velocímetro.
No banco de trás dá para acomodar duas pessoas com certo conforto para andar na cidade em percursos não muito longos. Ao lado dos porta-copos, duas entradas para o som: uma para cabo auxiliar e outra USB. E no porta-luvas, outra entrada USB, dessa vez para carregar dispositivos. Por fim, o volante tem botões com varias funções, entre elas o piloto automático, que mantém estável a velocidade.
As dimensões reduzidas do 500 não o impedem de oferecer bons componentes de conforto e tecnologia. A versão que guiamos, além dos recursos que citamos, tinha piloto automático, volante multifuncional e também vinha com os opcionais teto solar e sistema de áudio com o recurso Blue&Me (operado por comandos de voz) com Bluetooth, seis alto-falantes, sub-woofer e amplificador.
Em relação ao design, um dos pontos fortes do modelo, um detalhe interessante nos chamou a atenção. Os bancos feitos na maior de tecido e com couro apenas na região do pescoço e da cabeça. Solução bastante adequada, principalmente considerando o clima nordestino: o couro fica apenas na região com menos contato com o corpo de motorista e passageiro, protegendo-os do calor excessivo e diminuindo a necessidade de manutenção causada pelo suor.
O motor 1.4 bicombustível de 85 cavalos com gasolina e 88 com álcool se dá muito bem com a carroceria leve do 500. O carro é esperto no trânsito, tem bom torque nas arrancadas e contribui ainda mais para chegar logo nos destinos, porque facilmente deixa os outros para trás e vai ganhando espaço. Ele tem ainda um botão “Sport”, que o deixa mais disposto a cada toque no acelerador, mas não vimos muita necessidade de usa-lo.
Como dissemos no começo, o conceito de uso dos automóveis ainda precisa evoluir no Brasil. No mundo desenvolvido, o Fiat 500 e outros ultracompactos são ótimas alternativas para rodar na cidade de forma prática e econômica. Se você pode ter um segundo carro para rodar na semana que lhe dê menos trabalho para enfrentar a disputa cotidiana por espaço nas ruas, considere-o como uma possibilidade, porque vale a pena.
Preço
Não conseguimos montar o preço no site da Fiat, colocando todos os acessórios presentes no modelo que guiamos. No menu principal, ele está listado custando a partir de R$ 56.900,00