Test-drive com Mercedes-Benz GLA: características de SUV e de esportivo

Compartilhe:

É possível um SUV, veículo que tem entre suas principais características razoável altura em relação ao solo, ter comportamento de carro esportivo, mostrando pouca inclinação nas curvas e boa estabilidade em velocidades mais altas na estrada? A resposta é sim para essa pergunta, porque não há nada que um projeto eficiente de engenharia não consiga. Pudemos comprovar isso guiando o GLA, da Mercedes-Benz, gentilmente cedido pela concessionária Newsedan.

Test-drive com Mercedes-Benz GLA: características de SUV e de esportivoJá tínhamos falado aqui da experiência de andar por alguns dias com o A 200, e o GLA nos remeteu a ele em alguns aspectos: certa semelhança no painel, a solução eficaz de usar uma pequena alavanca para o câmbio na coluna da direção, liberando o console central para porta-objetos, e boa dirigibilidade no ambiente urbano. Já as diferenças começam no impacto que cada modelo causa nas ruas.

 

Test-drive com Mercedes-Benz GLA: características de SUV e de esportivoEnquanto o A 200 é um carro mais discreto, o GLA se impõe e atrai olhares e comentários. Seja pelo tamanho avantajado, as linhas frontais e laterais fortes ou os pneus de aro 18, o fato é que o carro tem “personalidade” e não passa batido aonde chega. Além disso, se o compacto A 200 já é rico em detalhes, o GLA tem muito mais deles e em mais evidência. Como, por exemplo, um acabamento prateado logo abaixo dos para-choques que parece deixar a carroceria mais encorpada e robusta. Ou suaves luzes nos bancos vazados. E, ainda, nos assentos brancos de couro combinado com tecido.

Tivemos oportunidade de andar bem com o GLA, incluindo uma viagem de aproximadamente 40 km na estrada e passando por alguns trechos de terra. Como um legítimo carro pensado por alemães, ele não mete medo de andar por nenhum terreno. Aqui, fala mais forte o lado SUV. Ele bate muito pouco e a suspensão passa sensação de firmeza mesmo nos buracos mais consideráveis.

Falando da condução do veículo, lembramos que o texto começou fazendo referência ao comportamento de esportivo que o GLA tem, mesmo sendo um SUV. Além do que já descrevemos, outro fator que contribui para isso é que o modelo tem teto mais rebaixado. Isso contribui para diminuir o centro de gravidade, deixando-o mais estável, e faz com que o interior seja mais envolvente. Os bancos em formato de concha também ajudam nessa tarefa, e o resultado é final é um habitáculo que agrada quem quer um carro alto, mas não gosta de uma área envidraçada que expõe demais os ocupantes.

A versão que guiamos do GLA foi a Advance (o modelo tem seis opções, veja todas no fim da matéria, com os respectivos preços). O motor que o equipa é o mesmo 1.6 do A 200, com 156 cv de potência. Ele tem comportamento predominantemente suave nas arrancadas. O carro tem três modos de condução: Sport, Eco e Manual. Tivemos oportunidade de guiar durante bom tempo nas duas primeiras. O Eco é ideal para o ambiente urbano e para longos trechos de estrada a velocidade quase constante. Vale ressaltar que nós acompanhamos a medição do computador de bordo e ele registrou, com o piloto automático fixo nos 80 km/h, a boa marca de 15 km por litro na medição instantânea.

Já no modo Sport, o motor ronca bonito, trocando de marcha rotações mais altas, e tem comportamento um pouco mais agressivo. Seja para diversão do motorista, caso ele, como nós, se reconheça como um apaixonado por motores, ou para garantir mais segurança nas ultrapassagens, o modo Sport também apresentou sua utilidade. Mas é fato que no ambiente urbano o melhor é usar o Eco, já que a sensação de esportividade e de “carro agarrado no chão” é passada por outros fatores. Fazendo isso, o motorista garante a boa dirigibilidade e economiza combustível.

Assim como o A 200, o GLA que guiamos apresentou os atributos de um legítimo Mercedes-Benz: robustez, apuro nos mínimos detalhes de acabamento, projeto eficiente de engenharia e design e um motor com bom desempenho para rodar na cidade ou na estrada. E entre os atributos próprios do modelo, o que mais nos chamou a atenção (e agradou) foi a capacidade de combinar características de esportivo e de SUV.

Versões e preços (R$)

Style – 132.000,00
Advance – 145.000,00
Vision – 165.000,00
250 Vision – 178.000,00
250 Sport – 195.000,00
45 AMG – 300.000,00

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

Nivus

Test-drive: veja como anda o Nivus com motor 200 TSI

Nivus – Caro leitor, você já reparou que carros super esportivos com o Porsche 911, e modelos da Ferrari e da Lamborghini têm em comum, entre alguns detalhes, um vidro traseiro extremamente rebaixado, quase na horizontal? Essa inclinação não é à toa. Tem como principal objetivo melhorar a aerodinâmica do carro, diminuindo o atrito com o ar. Dá-se a esse tipo de veículo o nome de cupê. O termo vem, originalmente, de carruagens francesas que eram diminuídas ou cortadas (em francês, coupé) para ter apenas um banco. No automobilismo, os cupês geralmente são esses modelos esportivos que têm apenas os bancos dianteiros. E como eles também trazem o vidro traseiro

boreal

E tome SUV: Renault Boreal chega até o fim de 2025

Boreal – Quando apostava no sucesso do Sandero e do Logan, modelos que deixou de vender no Brasil, a Renaul chegou a ocupar a 5ª posição do mercado e ter quase 10% do total de modelos emplacados no Brasil, há aproximadamente 10 anos. No entanto, a montadora decidiu seguir a tendência de outros concorrentes e está com seu portfólio cada vez mais preenchido com SUVs. A vez agora é do Boreal, que segundo a marca “supera uma nova etapa em sua estratégia de expansão internacional”. O SUV é destinado aos mercados fora da Europa – mais precisamente América Latina, Norte da África, Turquia, Índia e Coreia do Sul. “Nossas vendas

Geely

Geely: mais uma montadora chinesa chega ao Brasil

Geely – Pelo jeito, a hegemonia europeia, estadunidense, coreana e japonesa no setor automotivo brasileiro está cada vez mais próxima de uma convivência acirrada com a China. Depois de BYD, Chery e GWM começarem a chamar a atenção pela quantidade expressiva de modelos que vemos nas ruas, a Geely está começando a fazer suas divulgações através do modelo EX5, primeiro da marca a chegar ao Brasil. Quem for aficionado por carros vai notar uma unidade do modelo exposta em grandes shopping centers. Isso faz parte da estratégia da Geely, que levou o carro para várias cidades de todo o Brasil com a proposta, segundo ela, de “oferecer uma experiência única

compra online

Compra online de autopeça: Veja 10 dicas para não ter dor de cabeça

Compra online – De comida a móveis e eletroeletrônicos, é cada vez maior o número de consumidores que, ao invés de ir em lojas físicas, preferem fazer a compra pela internet. E com as autopeças não tem sido diferente. Hoje já é possível fazer compra online de componentes em market places como Mercado Livre, Amazon e até em sites de lojas do setor automotivo. Uma questão importante sobre isso, no entanto, é que a compra online de uma peça precisa de certos cuidados adicionais, porque muitas partes do carro estão, por exemplo, relacionadas com a segurança. E outras podem afetar o bolso, aumentando o consumo do carro se não forem

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail