Os sucessivos aumentos dos combustíveis têm pesado no orçamento dos brasileiros. O pior é que, diferentemente de outras despesas, para muitas pessoas essa é impossível de cortar, porque elas não têm alternativa para deixar o carro na garagem. Por isso, listamos aqui algumas dicas que podem ajudar a diminuir o consumo de gasolina – e a dor no bolso. Confira o que especialistas consultados por Auto Blog Ceará recomendam:
Velas de ignição
Se você nem conhece esses componentes do veículo, saiba que a manutenção periódica garante a queima correta da gasolina e evita desperdícios. A vela exerce papel fundamental no consumo, pois ela é responsável pela fagulha que aciona o processo de combustão no motor. Se as velas estão muito desgastadas, as principais consequências são consumo excessivo e perda de força do motor (você acelera e ele “engasga”). Se você notar dificuldades na partida e falhas durante retomadas, é recomendável ir ao mecânico. Além disso, as velas têm vida útil, em média de 10 mil km. Após essa rodagem, também vale a pena fazer uma revisão.
Sensor de oxigênio
Também conhecido como sonda lambda, esse componente compara a concentração de oxigênio nos gases do motor com o ar ambiente, possibilitando o ajuste da quantidade de combustível injetado na câmara de combustão. Este processo promove a melhor relação entre desempenho, consumo e emissões. A sonda com funcionamento irregular pode acelerar a deterioração de outras peças, como o catalisador.
Sistema de injeção
Diferente dos carros antigos, fabricados antes de 1998, que usavam carburador, os modelos são equipados com bicos de injeção que são controlados eletronicamente e fazem a dosagem de combustível para ser queimado (existe uma proporção ideal para a mistura de ar e combustível). Se esses bicos estiverem com problema, irão comprometer a quantidade de gasolina ou álcool enviada, ocasionando mau funcionamento do motor e aumento do consumo.
Óleo do motor
O motor de um veículo é feito de componentes metálicos que, se não fosse o óleo lubrificante, simplesmente travariam pelo atrito e pelo superaquecimento ao entrar em contato uns com os outros. É o óleo que garante que o motor irá funcionar a contento, seja frio ou quente. Mas para que isso aconteça, ele precisa ter a viscosidade ideal para cada tipo específico de motor. Quando o óleo envelhece, vai perdendo suas características, o que pode causa aumento de temperatura ou de atrito. Como resultado, o motor precisa trabalhar mais para produzir a mesma potência, o que resulta em aumento do consumo de combustível. Além disso, óleo velho gera vapores que acabam entrando na mistura de combustível com ar, empobrecendo-a. Isso também causa mais gasto. A periodicidade de troca de óleo varia de acordo com o motor e as condições de uso do carro, mas em média o recomendável é a cada 10 mil km.
Pneus
O que pneus têm a ver com consumo? Tudo! Os veículos, quando saem da fábrica, são projetados para rodar com pneus calibrados a uma pressão específica, ideal para seu peso e motor. Se esses pneus perderem ar, a área de atrito da borracha com o solo aumenta, dificultando o movimento do veículo. Por isso, mante-los calibrados também ajuda a evitar mais gasto com combustível. O ideal é fazer a regulagem uma vez por semana – e sempre com os pneus frios, porque o calor dilata o ar e aumenta a pressão, mascarando o nível correto. De preferência, quando sair com o veículo de manhã, vá ao posto mais próximo de casa para fazer a calibragem.
Catalisador
A principal função do catalisador é “filtrar” os gases que saem do motor para evitar que eles poluam o meio ambiente. Mas se ele estiver obstruído, isso também pode causar perda de força do motor, levando o motorista a acelerar mais e aumentar o consumo de combustível. Nos carros mais modernos, fabricados a partir de 2010, alterações nesse componente são comunicadas ao condutor através da luz da injeção, que acende no painel. Portanto, se o seu veículo tem mais de cinco anos, é bom conferir com o mecânico o estado do seu catalisador.
Direção consciente
Se o seu carro tem câmbio manual e você pensa que trocar as marchas o mais rápido possível é a melhor forma de economizar combustível, saiba que não é bem assim. Os motores são projetados para trabalhar com rotações pré-determinadas (em média, a rotação ideal para trocar de marcha é 3 mil giros). Trocar a marcha antes pode fazer com que o motor precise trabalhar sem potência suficiente, forçando-o. Isso também pode aumentar o consumo. Portanto, resista à tentação de fazer as trocas constantes, especialmente com tráfego lento.