Além de São Paulo: veja cidades do mundo onde o Uber já foi regularizado

Compartilhe:

A cidade de São Paulo tornou-se, oficialmente, a primeira do Brasil a regularizar os serviços de compartilhamento de veículos – do qual o Uber é o exemplo mais conhecido. No entanto, em Fortaleza, onde o Uber chegou recentemente, e outras cidades do país e do mundo, permanece a polêmica, principalmente entre os taxistas, que afirmam que esse tipo de serviço é ilegal.

Vale ressaltar, no entanto, que os serviços de compartilhamento não estão regularizados apenas na capital paulista. Movidos principalmente pela chegada do Uber e a pressão dos usuários, que têm aceitado bem a chegada da concorrência com os taxis, administrações de estados e municípios ao redor do mundo têm buscado conciliar e integrar todos os serviços em seus sistemas de mobilidade.

Auto Blog Ceará procurou o Uber para saber onde a empresa obteve autorizações e hoje funciona de forma mais harmoniosa graças a regras claras de funcionamento. Hoje o serviço funciona em mais de 400 cidades de todos os continentes e, de acordo com as informações que obtivemos, nos Estados Unidos, país de origem do Uber, houve acordo com 54 prefeituras de cidades norte-americanas. Entre elas, de importantes metrópoles como Chicago, Washington, Orlando (muito frequentada por brasileiros) e Nova Orleans. Além disso, 31 estados do país autorizaram o serviço para todo o seu território.

A seguir, enumeramos de que forma os serviços de compartilhamento foram implantados para funcionar oficialmente e conviver com os serviços de taxi. Confira exemplos

Regras gerais (usadas como referência para várias cidades)

– As empresas de compartilhamento de veículos devem obter uma licença antes de começar a operar. Para isso, devem atestar que estão respeitando normas de segurança. Já os motoristas não podem ser licenciados individualmente, só podem trabalhar se estiverem vinculados a uma empresa. Ela irá verificar dados como idade do condutor, carteira de motorista, histórico e ficha criminal, além de documentação e seguro do veículo.

– As empresas não podem aceitar motoristas cujos registros mostrem que eles não cumprem as normas exigidas.

UberRegras específicas de alguns locais

No estado norte-americano da Califórnia, as empresas de compartilhamento de veículos atuam sob uma estrutura de licenciamento unificado. Não há restrições sobre o número de pessoas que podem conduzir os veículos, mas elas devem passar por um processo de triagem rigoroso. Por medida de segurança, os registros com informações sobre o atendimento devem ser mantidos por um período mínimo para garantir que a fiscalização possa acessa-las com facilidade.

– Em Canberra, na Austrália, as empresas de compartilhamento são obrigadas a garantir que os potenciais condutores atendem exigências sobre bons antecedentes, são legalmente capazes de trabalhar e satisfazem alguns critérios de aptidão específicos. Eles não estão autorizados a solicitar ou aceitar clientes via contato direto na rua. Para quem quiser trabalhar com seu carro, não pode haver qualquer tipo de discriminação por parte das empresas. Além disso, eles podem usar múltiplas plataformas de compartilhamentos, se quiserem. Sobre preços, as empresas são livres para estabelecer seus valores, mas deve haver transparência sobre a forma como as tarifas são calculadas. Os clientes têm direito a uma estimativa de custo exata antes de reservar uma viagem e a um recibo quando ela terminar.

– Em Manila, nas Filipinas, os serviços de compartilhamento de veículos são obrigados a fornecer informações de forma transparente sobre as tarifas antes das viagens e recibos eletrônicos detalhados.

– Na Cidade do México, as empresas não podem impor controles de preços nem limitar o número de licença – esta última medida tem como principal objetivo estimular o crescimento do mercado de compartilhamento de veículos.

Regras para São Paulo

– A prefeitura estabeleceu que o serviço somente será autorizado para as denominadas Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs). As chamadas devem ser feitas apenas pelas plataformas tecnológicas geridas pelas OTTCs, não podendo haver discriminação de usuários.

– As empresas são obrigadas a abrir e compartilhar seus dados com a prefeitura, informando, no mínimo, origem e destino da viagem, tempo de duração e distância do trajeto, tempo de espera para a chegada do veículo à origem da viagem, mapa do trajeto, itens do preço pago, avaliação do serviço prestado e identificação do condutor.

– Sobre a cobrança, as OTTCs têm liberdade para fixar a tarifa, mas há um teto máximo estabelecido pelo Comitê Municipal de Uso do Viário (o valor não foi informado. Devem ser disponibilizadas ao usuário, antes do início da corrida, informações sobre o preço a ser cobrado e cálculo da estimativa do valor final.

– A íntegra do decreto está disponível aqui.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

Nivus

Test-drive: veja como anda o Nivus com motor 200 TSI

Nivus – Caro leitor, você já reparou que carros super esportivos com o Porsche 911, e modelos da Ferrari e da Lamborghini têm em comum, entre alguns detalhes, um vidro traseiro extremamente rebaixado, quase na horizontal? Essa inclinação não é à toa. Tem como principal objetivo melhorar a aerodinâmica do carro, diminuindo o atrito com o ar. Dá-se a esse tipo de veículo o nome de cupê. O termo vem, originalmente, de carruagens francesas que eram diminuídas ou cortadas (em francês, coupé) para ter apenas um banco. No automobilismo, os cupês geralmente são esses modelos esportivos que têm apenas os bancos dianteiros. E como eles também trazem o vidro traseiro

boreal

E tome SUV: Renault Boreal chega até o fim de 2025

Boreal – Quando apostava no sucesso do Sandero e do Logan, modelos que deixou de vender no Brasil, a Renaul chegou a ocupar a 5ª posição do mercado e ter quase 10% do total de modelos emplacados no Brasil, há aproximadamente 10 anos. No entanto, a montadora decidiu seguir a tendência de outros concorrentes e está com seu portfólio cada vez mais preenchido com SUVs. A vez agora é do Boreal, que segundo a marca “supera uma nova etapa em sua estratégia de expansão internacional”. O SUV é destinado aos mercados fora da Europa – mais precisamente América Latina, Norte da África, Turquia, Índia e Coreia do Sul. “Nossas vendas

Geely

Geely: mais uma montadora chinesa chega ao Brasil

Geely – Pelo jeito, a hegemonia europeia, estadunidense, coreana e japonesa no setor automotivo brasileiro está cada vez mais próxima de uma convivência acirrada com a China. Depois de BYD, Chery e GWM começarem a chamar a atenção pela quantidade expressiva de modelos que vemos nas ruas, a Geely está começando a fazer suas divulgações através do modelo EX5, primeiro da marca a chegar ao Brasil. Quem for aficionado por carros vai notar uma unidade do modelo exposta em grandes shopping centers. Isso faz parte da estratégia da Geely, que levou o carro para várias cidades de todo o Brasil com a proposta, segundo ela, de “oferecer uma experiência única

compra online

Compra online de autopeça: Veja 10 dicas para não ter dor de cabeça

Compra online – De comida a móveis e eletroeletrônicos, é cada vez maior o número de consumidores que, ao invés de ir em lojas físicas, preferem fazer a compra pela internet. E com as autopeças não tem sido diferente. Hoje já é possível fazer compra online de componentes em market places como Mercado Livre, Amazon e até em sites de lojas do setor automotivo. Uma questão importante sobre isso, no entanto, é que a compra online de uma peça precisa de certos cuidados adicionais, porque muitas partes do carro estão, por exemplo, relacionadas com a segurança. E outras podem afetar o bolso, aumentando o consumo do carro se não forem

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail