Que alemães são bons em engenharia, o mundo já conseguiu perceber. E no automobilismo, também é do senso comum que de lá saem produtos e marcas históricas que são famosas em todo o planeta. Alguns exemplos são o Fusca, da Volkswagen, a fabricante de supercarros Porsche e a Mercedes-Benz, indústria que faz modelos que vão do minúsculo Smart a caminhões extrapesados.
E é desta última que vem a van Sprinter, que em 2025 completa 30 anos de produção, desde que foi lançado na Alemanha. No ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), ela é líder absoluta no mercado de veículos de transporte de pessoas e cargas, com nada menos que quatro versões entre os mais vendidos.
Segundo a Mercedes-Benz, de 1995 até hoje foram comercializadas mais de 5 milhões de unidades do veículo em todo o mundo. No Brasil, onde ela chegou em 1997, foram aproximadamente 200 mil. A marca destaca que uma das características do uso é a ampla gama de aplicações, informando que 75% das vans vendidas globalmente são transformadas para se adaptar à necessidade dos usuários.
Lançada para substituir a van T1, a Sprinter veio com formas mais arredondadas e suaves que a antecessora. Foi a primeira da Mercedes-Benz, nessa categoria, a ter um nome, em vez de números e códigos alfanuméricos. A fábrica diz que “nenhuma outra van oferecia tantos recursos de segurança na época”, destacando que o veículo contava com freios a disco em todas as rodas, sistema de freios ABS, diferencial de freio automático, cintos de segurança ajustáveis em altura e fivelas de cinto presas ao banco como itens de série.
A segunda geração da Sprinter foi lançada na Europa no início de 2006. Havia versões com três distâncias entre eixos, quatro comprimentos, três alturas de teto e peso total de 3 a 5 toneladas. Nessa geração, o ESP (controle de estabilidade) foi introduzido como item de série nas versões fechadas até 3,5 toneladas de peso bruto. Um sistema de suspensão a ar opcional foi adicionado à linha a partir de 2008.
A terceira geração veio em 2018. Além das versões já existentes, que eram todas com tração traseira, o modelo ganhou uma com tração dianteira. E um detalhe interessante: o veículo recebeu (como opcional) o sistema multimídia MBUX (Mercedes-Benz User Experience). Era um item não muito frequente de fábrica, considerando que esse tipo de van é destinado a uso corporativo.
Sprinter elétrica marcou novos rumos para o modelo
Outro marco importante aconteceu em 2019, quando a primeira eSprinter, versão 100% elétrica, foi lançada na Europa – na esteira da pressão que as montadoras vêm recebendo, há alguns anos, para oferecer produtos menos poluentes. No Brasil, ela chegou no ano passado. Também em 2024, a Mercedes-Benz registrou quase 20 mil unidades de vans elétricas vendidas em todo o mundo.
Por fim, vale ressaltar que a história da Mercedes-Benz com a produção de vans tem bem mais tempo do que os 30 anos da Sprinter. Ela começa em 1955 com a chegada da L319, um veículo projetado para atender a demanda por transporte em uma Alemanha que se recuperava rapidamente dos prejuízos causados pela Segunda Guerra Mundial e estava com uma intensa atividade econômica. Desde então, a marca nunca parou de produzir modelos nesse segmento.