Mercado de veículos usados tem retração em janeiro

Compartilhe:

A crise do setor automotivo, que já havia afetado o segmento de veículos novos, agora chegou ao mercado de usados. Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), a comercialização de veículos seminovos e usados apresentou uma queda de 9,5% em janeiro de 2016, em relação ao mesmo mês do ano passado.

De acordo com a entidade, esse resultado se deve aos efeitos da retração na demanda de consumo que vem atingindo a maior parte da economia brasileira.  “Os consumidores em geral, pelo cenário incerto da nossa economia, estão mais cautelosos, adiando decisões que gerem endividamentos em compras de bens de maior valor, como um automóvel”, acrescenta a Fenauto.

Um dado positivo que merece ser ressaltado, no entanto, foi o fortalecimento da preferência dos consumidores por veículos seminovos, com até três anos de uso. Esse segmento vem mantendo um bom desempenho em vendas já há algum tempo. No comparativo entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016, o mercado cresceu 17,3%. Para a Fenauto, os consumidores estão optando cada vez mais por adquirir um veículo que ainda está em boas condições de uso, mas por um custo mais acessível que o do zero km.

Quadro 1

No levantamento feito por regiões, a única que registrou resultado positivo foi a Centro-Oeste, com 19%. O Nordeste, que há alguns anos apresentava índices expressivos de crescimento em vários setores, apresentou a maior queda do Brasil no segmento automotivo de seminovos e usados: -16%.

Quadro 2

O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, explica que o resultado desfavorável já era esperado em função da situação econômica pela qual o país está passando e a cautela que os consumidores estão assumindo. “No entanto, estamos empenhados em criar estratégias para fortalecer a fidelização de nossos clientes, gerando novas oportunidades de negócios”, afirma.

 

 

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

vítimas de acidentes

O uso dos animais no tratamento de vítimas de acidentes

Há alguns séculos, a tração animal deixou de ser o principal recurso para a mobilidade humana. Mas curiosamente, os bichos seguem fazendo parte do universo automotivo – mas desta vez para ajudar vítimas de acidentes, que tiveram algum tipo de ferimento e precisam de reabilitação física e emocional. A 20ª edição da Reatech (Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação), que será realizada entre 6 e 8 de novembro em São Paulo, vai reunir especialistas de todo o Brasil para discutir, segundo os organizadores do evento, “o poder transformador dos tratamentos assistidos por animais”. Organizada em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a feira traz duas formações ligadas ao

modelos híbridos

Quase 50% preferem modelos híbridos, aponta pesquisa Webmotors

Modelos híbridos – O sonho é não depender mais das variações da gasolina e ter um carro menos poluente e mais silencioso. Mas enquanto ainda há desconfiança em relação à durabilidade das baterias e ao crescimento da infraestrutura de recarga, os consumidores, pelo menos por enquanto, está preferindo os carros que trazem propulsão dupla – motor a combustível e motor elétrico. É o que aponta pesquisa do portal Webmotors Autoinsights  com mais de 1,3 mil respostas colhidas em abril deste anos para compreender o perfil do público interessado por veículos eletrificados.  O levantamento foi feito na base de usuários da plataforma, que hoje é uma das maiores do Brasil no

Oroch

Oroch, picape da Renault, foi habilitada para ser táxi

Oroch – Ainda não é comum vermos nas ruas e talvez muita gente não saiba, mas desde o ano passado várias cidades brasileiras autorizaram o uso de picapes como veículos para táxi. A mudança, no entanto, depende do interesse das montadoras para disponibilizar seus modelos nesse tipo de uso. O anúncio mais recente foi o da Renault para a Oroch, picape derivada do SUV Duster. Além de ser mais uma opção para os motoristas desse serviço, essa disponibilidade pode incrementar as vendas do modelo, que hoje ocupa a 7ª posição, em total de emplacamentos das chamadas picapes grandes, do ranking divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

BYD chega a 150 mil carros vendidos no Brasil – e quer crescer muito mais

BYD – Ao mesmo tempo em que trabalha com cifras bilionárias e produtos com alto valor agregado, a indústria automobilística é uma atividade de muito risco. O investimento em um carro, a despeito de todos os cuidados que venham a ser tomados, pode não dar o retorno que a montadora esperava. E exemplos existem: no Brasil temos modelos como o Chevrolet Sonic, o Hyundai Veloster e o Nissan Tiida. Por isso, uma investida feroz como a da chinesa BYD, que chegou em um país continental e com pouca infraestrutura de recarga, como o Brasil, anunciando um portfólio cuja vedete era o uso de motores elétricos (puros ou combinados com sistemas

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail