Caminhões elétricos no Brasil: veja 5 modelos disponíveis

e-Delivery é um dos caminhões elétricos à venda no Brasil

Compartilhe:

Com bem mais espaço útil que um automóvel ou um SUV, os caminhões elétricos representam um segmento promissor para o setor automotivo, já que podem destinar parte do generoso compartimento de carga para baterias. Não é à toa que grandes fabricantes mundiais já começam a apresentar suas opções globalmente. A sueca Volvo, por exemplo, disponibiliza cinco modelos. Já a Mercedes-Benz tem o e-Actros, versão elétrica de seu caminhão mais sofisticado.

No Brasil, a Volkswagen é a única marca, entre as grandes que comercializam veículos da linha pesada no País, que tem uma opção. O e-Delivery, lançado este ano, tem duas versões e preço a partir de aproximadamente 780 mil reais. O e-Delivery 11 tem Peso Bruto Total (PBT) de 10.700 kg. Já o PBT do e-Delivery 14 é de 14.300 toneladas. Ambos os modelos usam um motor com 408 cavalos de potência e trazem itens de conforto e tecnologia como piloto automático, ar condicionado, vidros e travas elétricas e rádio com bluetooth.

Com a grande estrutura de concessionárias e a confiabilidade da marca Volkswagen, os caminhões e-Delivery já chegaram com encomendas de consumidores de peso, embora ainda em pequenas quantidades. A Coca-Cola, por exemplo, adquiriu 20 unidades do modelo de 14 toneladas. Outra interessada importante foi a JBS, produtora mundial de itens alimentícios.

e-Delivery é um dos caminhões elétricos à venda no Brasil

Em nossa pesquisa, também achamos caminhões de duas chinesas que estão presentes no Brasil mas não se enquadram entre as grandes do setor local. Uma delas, a BYD, tem duas opções: o eT7 12.210 e o eT18 21.250. Eles são, de acordo com a fábrica, os caminhões “mais silenciosos do mercado”. O primeiro tem potência de 215 cavalos e PBT de 11.300 kg. Já o eT18 21.250 tem 245 cavalos e PBT de 21 toneladas.

Procuramos os preços dos modelos, inclusive tentando contato com a BYD, por e-mail e telefone, mas a estrutura de atendimento da assessoria de imprensa não foi muito ágil. Procurando na internet, achamos matérias sobre um caminhão eT8A, que não aparece no portfólio do site oficial da empresa. Nesse conteúdo que achamos, o preço do modelo era de R$ 1,5 milhão.

Caminhões elétricos no Brasil: veja 5 modelos disponíveis

Outra empresa onde encontramos opções de caminhões elétricos foi a também chinesa Jac Motors. Mas nela, as informações são mais bem estruturadas e objetivas. São dois modelos de categorias diferentes, sendo o primeiro o iEV350T, com preço de R$ 314.900,00, autonomia de 300 km, PBT de 3,5 toneladas e muitos itens de conforto e tecnologia.

Dentre esses itens, podemos citar direção elétrica, ar condicionado, alerta sonoro para pedestres, vidros elétricos, bluetooth, sensor de estacionamento (dianteiro e traseiro), luzes diurnas em LED, faróis com regulagem elétrica de altura, entrada USB dianteiro, aviso de cinto não acoplado, fechamento central das portas e diagnósticos remotos.

O segundo modelo da JAC é o iEV1200T. Ele tem preço a partir de R$ 439.900,00 e quatro versões: PBT de 7,5 Toneladas com tomada externa, PBT de 7,5 Toneladas sem tomada externa, PBT de 8,5 toneladas com tomada externa e PBT de 8,5 toneladas sem tomada externa. A autonomia é de 250 km.

 

Caminhões elétricos no Brasil: veja 5 modelos disponíveisCaminhões elétricos no Brasil: veja 5 modelos disponíveis

 

Caminhões elétricos de parceria Agrale-FNM

Por último, encontramos matéria falando de um caminhão resultante de parceria entre a Agrale e a Fábrica Nacional de Motores (FNM, chamada popularmente de Fenemê), uma antiga marca de linha pesada que atuava no Brasil e estaria voltando para se dedicar apenas a caminhões elétricos. De acordo com informações obtidas no site oficial da Agrale (em uma notícia com data de dezembro do ano passado), os modelos seriam montados na Unidade 2 da empresa, em Caxias do Sul (RS) e a FNM ficaria com a responsabilidade comercializa-los. Não encontramos, no entanto, nada mais atualizado, em sites oficiais, sobre a parceria ou sobre os caminhões.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

vítimas de acidentes

O uso dos animais no tratamento de vítimas de acidentes

Há alguns séculos, a tração animal deixou de ser o principal recurso para a mobilidade humana. Mas curiosamente, os bichos seguem fazendo parte do universo automotivo – mas desta vez para ajudar vítimas de acidentes, que tiveram algum tipo de ferimento e precisam de reabilitação física e emocional. A 20ª edição da Reatech (Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação), que será realizada entre 6 e 8 de novembro em São Paulo, vai reunir especialistas de todo o Brasil para discutir, segundo os organizadores do evento, “o poder transformador dos tratamentos assistidos por animais”. Organizada em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a feira traz duas formações ligadas ao

modelos híbridos

Quase 50% preferem modelos híbridos, aponta pesquisa Webmotors

Modelos híbridos – O sonho é não depender mais das variações da gasolina e ter um carro menos poluente e mais silencioso. Mas enquanto ainda há desconfiança em relação à durabilidade das baterias e ao crescimento da infraestrutura de recarga, os consumidores, pelo menos por enquanto, está preferindo os carros que trazem propulsão dupla – motor a combustível e motor elétrico. É o que aponta pesquisa do portal Webmotors Autoinsights  com mais de 1,3 mil respostas colhidas em abril deste anos para compreender o perfil do público interessado por veículos eletrificados.  O levantamento foi feito na base de usuários da plataforma, que hoje é uma das maiores do Brasil no

Oroch

Oroch, picape da Renault, foi habilitada para ser táxi

Oroch – Ainda não é comum vermos nas ruas e talvez muita gente não saiba, mas desde o ano passado várias cidades brasileiras autorizaram o uso de picapes como veículos para táxi. A mudança, no entanto, depende do interesse das montadoras para disponibilizar seus modelos nesse tipo de uso. O anúncio mais recente foi o da Renault para a Oroch, picape derivada do SUV Duster. Além de ser mais uma opção para os motoristas desse serviço, essa disponibilidade pode incrementar as vendas do modelo, que hoje ocupa a 7ª posição, em total de emplacamentos das chamadas picapes grandes, do ranking divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

BYD chega a 150 mil carros vendidos no Brasil – e quer crescer muito mais

BYD – Ao mesmo tempo em que trabalha com cifras bilionárias e produtos com alto valor agregado, a indústria automobilística é uma atividade de muito risco. O investimento em um carro, a despeito de todos os cuidados que venham a ser tomados, pode não dar o retorno que a montadora esperava. E exemplos existem: no Brasil temos modelos como o Chevrolet Sonic, o Hyundai Veloster e o Nissan Tiida. Por isso, uma investida feroz como a da chinesa BYD, que chegou em um país continental e com pouca infraestrutura de recarga, como o Brasil, anunciando um portfólio cuja vedete era o uso de motores elétricos (puros ou combinados com sistemas

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail