Quase 50% preferem modelos híbridos, aponta pesquisa Webmotors

modelos híbridos

Compartilhe:

Modelos híbridos – O sonho é não depender mais das variações da gasolina e ter um carro menos poluente e mais silencioso. Mas enquanto ainda há desconfiança em relação à durabilidade das baterias e ao crescimento da infraestrutura de recarga, os consumidores, pelo menos por enquanto, está preferindo os carros que trazem propulsão dupla – motor a combustível e motor elétrico.

É o que aponta pesquisa do portal Webmotors Autoinsights  com mais de 1,3 mil respostas colhidas em abril deste anos para compreender o perfil do público interessado por veículos eletrificados.  O levantamento foi feito na base de usuários da plataforma, que hoje é uma das maiores do Brasil no segmento de venda de carros usados.

Do total de respondentes, 42% dos interessados em veículos eletrificados mencionaram interesse nos modelos híbridos. Na sequência, estão aqueles que não comprariam nenhum dos dois (24%); os que comprariam tanto modelos híbridos quanto elétricos (18%); ainda não decidiram (11%); e os que optariam apenas por 100% elétricos (5%).

Para 59% dos que desejam adquirir um elétrico ou híbrido, a autonomia superior, ou seja, a maior distância percorrida com uma única carga, é o atributo mais valorizado na escolha. Na sequência, em um questionário de múltipla escolha, estão tecnologia avançada (45%), conforto e recursos de interior (36%), facilidade e economia na manutenção (35%), desempenho e aceleração (29%), sustentabilidade e menor impacto ambiental (26%), design moderno e inovador (23%), conectividade e integração com dispositivos móveis (18%), e outros (4%).

Além da possibilidade rodar sem depender de postos de recarga elétrica, os modelos híbridos têm a vantagem adicional de, quando os dois sistemas de propulsão têm o abastecimento no maior nível, rodar muito mais que os 100% elétricos ou os movidos apenas a combustível.

A pesquisa também apontou que a percepção de que existem poucos pontos de carregamento é hoje o principal obstáculo para expansão do mercado de veículos eletrificados no Brasil. Do total de respondentes, 54% apontaram a carência por pontos de carregamento como principal queixa que impede a compra de um híbrido ou elétrico. Em seguida vêm a sensação de dificuldade na revenda (49%), a falta de segurança na tecnologia (44%), a vida útil da bateria (42%), o preço elevado (39%), a baixa autonomia (35%), o custo da manutenção (29%), a baixa variedade de modelos (9%) e outros motivos (19%).

Preferência por modelos híbridos se revela nas vendas

De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), do total de vendas de eletrificados entre janeiro e setembro deste ano, 76% correspondem a veículos elétricos plug-in (BEV e PHEV), com 120.644 unidades. Ou seja, o mercado desse tipo de carro já tem números significativos no Brasil, mas ainda é graças aos híbridos. E pela estatística da ABVE, os consumidores tentam juntar o melhor dos dois mundos, que está nos modelos híbridos que podem tanto rodar só com o motor a combustão ou só com o elétrico através de uma bateria recarregável.

Nesses veículos, a bateria permite uma autonomia para o motorista, por exemplo, rodar praticamente toda a semana dentro da cidade só no modo elétrico. Basta que para isso ele, quando chegar em casa, faça nova recarga. E quando precisar viajar, ele usa o motor a combustível, se acabar o abastecimento elétrico.

Importante destacar que as vendas totais de veículos leves eletrificados (automóveis, SUVs e comerciais leves) mantiveram em setembro, segundo a ABVE, o ritmo forte que tem caracterizado a maioria dos meses de 2025. Os 21.515 emplacamentos do mês representaram um aumento de 6,4% sobre agosto (20.222). Já em relação a setembro de 2024 (13.265), o crescimento foi ainda mais expressivo: 62%. “Esses resultados refletem uma combinação de fatores, como o aumento da oferta de modelos, o fortalecimento da infraestrutura de recarga e o crescimento da confiança do consumidor na tecnologia dos eletrificados”, diz a entidade.

Em resumo, a eletrificação está cada vez mais presente no imaginário dos consumidores brasileiros. A ver o que acontecerá quando os modelos híbridos, que são bem mais complexos que os somente elétricos ou os movidos apenas a combustíveis, começarem a entrar em outra fase, com mais tempo de uso e necessidade de manutenções frequentes.

 

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

vítimas de acidentes

O uso dos animais no tratamento de vítimas de acidentes

Há alguns séculos, a tração animal deixou de ser o principal recurso para a mobilidade humana. Mas curiosamente, os bichos seguem fazendo parte do universo automotivo – mas desta vez para ajudar vítimas de acidentes, que tiveram algum tipo de ferimento e precisam de reabilitação física e emocional. A 20ª edição da Reatech (Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação), que será realizada entre 6 e 8 de novembro em São Paulo, vai reunir especialistas de todo o Brasil para discutir, segundo os organizadores do evento, “o poder transformador dos tratamentos assistidos por animais”. Organizada em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a feira traz duas formações ligadas ao

modelos híbridos

Quase 50% preferem modelos híbridos, aponta pesquisa Webmotors

Modelos híbridos – O sonho é não depender mais das variações da gasolina e ter um carro menos poluente e mais silencioso. Mas enquanto ainda há desconfiança em relação à durabilidade das baterias e ao crescimento da infraestrutura de recarga, os consumidores, pelo menos por enquanto, está preferindo os carros que trazem propulsão dupla – motor a combustível e motor elétrico. É o que aponta pesquisa do portal Webmotors Autoinsights  com mais de 1,3 mil respostas colhidas em abril deste anos para compreender o perfil do público interessado por veículos eletrificados.  O levantamento foi feito na base de usuários da plataforma, que hoje é uma das maiores do Brasil no

Oroch

Oroch, picape da Renault, foi habilitada para ser táxi

Oroch – Ainda não é comum vermos nas ruas e talvez muita gente não saiba, mas desde o ano passado várias cidades brasileiras autorizaram o uso de picapes como veículos para táxi. A mudança, no entanto, depende do interesse das montadoras para disponibilizar seus modelos nesse tipo de uso. O anúncio mais recente foi o da Renault para a Oroch, picape derivada do SUV Duster. Além de ser mais uma opção para os motoristas desse serviço, essa disponibilidade pode incrementar as vendas do modelo, que hoje ocupa a 7ª posição, em total de emplacamentos das chamadas picapes grandes, do ranking divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

BYD chega a 150 mil carros vendidos no Brasil – e quer crescer muito mais

BYD – Ao mesmo tempo em que trabalha com cifras bilionárias e produtos com alto valor agregado, a indústria automobilística é uma atividade de muito risco. O investimento em um carro, a despeito de todos os cuidados que venham a ser tomados, pode não dar o retorno que a montadora esperava. E exemplos existem: no Brasil temos modelos como o Chevrolet Sonic, o Hyundai Veloster e o Nissan Tiida. Por isso, uma investida feroz como a da chinesa BYD, que chegou em um país continental e com pouca infraestrutura de recarga, como o Brasil, anunciando um portfólio cuja vedete era o uso de motores elétricos (puros ou combinados com sistemas

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail