Aluguel de veículos ou compra?

aluguel de veículos

Compartilhe:

Aluguel de veículos – Houve um tempo, não muito distante, em que o sonho do brasileiro era ter posse de três tipos de patrimônio: uma linha telefônica fixa, um automóvel e uma moradia própria. Podemos dizer que se livrar do aluguel continua sendo um dos desejos mais fortes da população. Já em relação às linhas fixas, com a chegada da telefonia celular e das muitas opções de comunicação através da Internet, elas foram aos poucos desaparecendo dos lares e deixando de ser um tipo de bem que as pessoas procuravam como forma de acúmulo de riqueza.

Mas e o sonho do carro próprio, será que o comportamento mudou? Há dados interessantes de duas pesquisas que estudaram a relação entre os brasileiros e o automóvel. A primeira foi feita pela Serasa, serviço de informações sobre a saúde financeira da população, e o Instituto Opinion Box. Realizado entre 12 e 18 de dezembro de 2022, o levantamento ouviu 2.067 consumidores entre 18 e mais de 50 anos das classes sociais de A a E em uma investigação sobre como o brasileiro se relaciona com o automóvel, especialmente no que diz respeito à administração de custos e ao uso do carro na rotina.

Mais da metade dos entrevistados compraram um carro novo ou usado nos últimos três anos anteriores à data da pesquisa e 58% acreditavam que ter um automóvel ainda vale a pena, apesar dos custos de manutenção. E esses custos não são poucos. De acordo com a pesquisa, 63% dos entrevistados colocaram o automóvel entre os três maiores gastos anuais do orçamento familiar, junto com alimentação e contas básicas.

Dentro do universo pesquisado, 98% afirmaram que usam o carro pelo menos uma vez por semana e mais da metade, diariamente. As principais funções dos veículos são para passeios nos fins de semana (78%), compras e tarefas do dia a dia (77%), locomoção para o trabalho ou local de estudo (62%), locomoção dos filhos e familiares (56%) e viagens de turismo (42%).

Outro ponto constatado é que houve uma mudança na forma como as pessoas fazem o deslocamento individual depois da pandemia de coronavírus: 31% declararam que o uso do carro diminuiu ou diminuiu muito. Para esses consumidores, a redução se deve principalmente ao aumento dos gastos com combustíveis (48%). Também tiveram peso o trabalho em home office (26%) e o de forma híbrida (22%).

E falando em pandemia, levantamento realizado pelo Webmotors Autoinsights (divisão de pesquisas do site Webmotors) com 3,5 mil usuários da plataforma – a maioria homens (88%) com idade entre 46 e 55 anos (29%) – mostrou que 67% deles usam o carro próprio para ir e vir e 31% optam pelos aplicativos como principal meio de locomoção. Por outro lado, 26% decidiram descartar o transporte público após o período pandêmico.

Audi também aposta em aluguel de veículos

O estudo Serasa-Opinion Box mostra um percentual interessante e esconde outro. Se 58% dos entrevistados disseram acreditar que ainda vale a pena comprar um carro, há um contingente de 42% aberto a outras opções. É esse público que grandes fabricantes automotivos estão mirando com o serviço de aluguel de veículos. Inclusive as de carro de luxo como a Audi, que realizou um evento em Fortaleza no último dia 24/11.

A empresa reuniu imprensa e clientes para apresentar o Audi Signature, nome do seu serviço de aluguel de veículos. Disponível para todo o portfólio (veja os modelos e os valores no final do texto), ele inclui custos com documentação, seguro, impostos e taxas e manutenção preventiva (revisões). Matheus Bautzer, gestor de negócios e comercial da LM Soluções de Mobilidade (empresa responsável pela gestão do Audi Signature), afirma que a migração de muitas pessoas da compra para o aluguel “não é mais uma tendência, é uma realidade”. Ele sustenta sua opinião com um número: “a previsão de crescimento no mercado de assinaturas de automóveis do Brasil, em 2023, é de 30%”.

Luann Soares, gerente da Audi Center Fortaleza, concorda e acrescenta cifras ainda mais otimistas. Hoje, de acordo com ele, apenas 10% do portfólio que a concessionária negocia vai para contratos de aluguel de veículos, mas há potencial para que chegue a 50%. “O carro é um ativo imobilizado depreciável. Por isso, estamos mostrando para clientes e empresas que a assinatura de um modelo com valor de R$ 400 mil pode resultar em uma economia de 30% em dois anos”, afirma.

O executivo ressalta que as regiões Sul e Sudeste estão mais avançadas nessa mudança de conceito, com clientes optando pelo aluguel. Mas Fortaleza, de acordo com ele, tem se sobressaído, no Nordeste. “Temos, por exemplo, 6 E-Trons sendo usados por uma empresa”, destaca.

Modelos e valores (preços iniciais por mês)

A3 R$ 6.699,00
A3 Sedan R$ 7.099,00
A4 R$ 7.199,00
A5 R$ 7.499,00
Q3 R$ 7.499,00
Q3 Sportback 7.799,00
Q5 R$ 9.199,00
Q5 Line Black 9.799,00
Q5 Sportback 10.399,00
Q8 E-tron 15.299,00
Q8 15.399,00
E-tron 15.399,00
RS 21.599,00

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

Nivus

Test-drive: veja como anda o Nivus com motor 200 TSI

Nivus – Caro leitor, você já reparou que carros super esportivos com o Porsche 911, e modelos da Ferrari e da Lamborghini têm em comum, entre alguns detalhes, um vidro traseiro extremamente rebaixado, quase na horizontal? Essa inclinação não é à toa. Tem como principal objetivo melhorar a aerodinâmica do carro, diminuindo o atrito com o ar. Dá-se a esse tipo de veículo o nome de cupê. O termo vem, originalmente, de carruagens francesas que eram diminuídas ou cortadas (em francês, coupé) para ter apenas um banco. No automobilismo, os cupês geralmente são esses modelos esportivos que têm apenas os bancos dianteiros. E como eles também trazem o vidro traseiro

boreal

E tome SUV: Renault Boreal chega até o fim de 2025

Boreal – Quando apostava no sucesso do Sandero e do Logan, modelos que deixou de vender no Brasil, a Renaul chegou a ocupar a 5ª posição do mercado e ter quase 10% do total de modelos emplacados no Brasil, há aproximadamente 10 anos. No entanto, a montadora decidiu seguir a tendência de outros concorrentes e está com seu portfólio cada vez mais preenchido com SUVs. A vez agora é do Boreal, que segundo a marca “supera uma nova etapa em sua estratégia de expansão internacional”. O SUV é destinado aos mercados fora da Europa – mais precisamente América Latina, Norte da África, Turquia, Índia e Coreia do Sul. “Nossas vendas

Geely

Geely: mais uma montadora chinesa chega ao Brasil

Geely – Pelo jeito, a hegemonia europeia, estadunidense, coreana e japonesa no setor automotivo brasileiro está cada vez mais próxima de uma convivência acirrada com a China. Depois de BYD, Chery e GWM começarem a chamar a atenção pela quantidade expressiva de modelos que vemos nas ruas, a Geely está começando a fazer suas divulgações através do modelo EX5, primeiro da marca a chegar ao Brasil. Quem for aficionado por carros vai notar uma unidade do modelo exposta em grandes shopping centers. Isso faz parte da estratégia da Geely, que levou o carro para várias cidades de todo o Brasil com a proposta, segundo ela, de “oferecer uma experiência única

compra online

Compra online de autopeça: Veja 10 dicas para não ter dor de cabeça

Compra online – De comida a móveis e eletroeletrônicos, é cada vez maior o número de consumidores que, ao invés de ir em lojas físicas, preferem fazer a compra pela internet. E com as autopeças não tem sido diferente. Hoje já é possível fazer compra online de componentes em market places como Mercado Livre, Amazon e até em sites de lojas do setor automotivo. Uma questão importante sobre isso, no entanto, é que a compra online de uma peça precisa de certos cuidados adicionais, porque muitas partes do carro estão, por exemplo, relacionadas com a segurança. E outras podem afetar o bolso, aumentando o consumo do carro se não forem

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail