ID.Buzz, a “nova Kombi”, chega ao mercado em versão 100% elétrica

Nova Kombi

Compartilhe:

Símbolo de perseverança de uma tecnologia e um design antigos que duraram décadas, a van Kombi, da Volkswagen, ganhou uma sucessora. É o ID.Buzz, batizado de “nova Kombi”, e que se remete ao modelo anterior nas linhas externas, mudou em praticamente todo o resto. Sai o motor a combustão (que durante a maior parte de existência da velha Kombi foi o mesmo do Fusca, refrigerado a ar) e entra um sistema de propulsão elétrica. E a falta de segurança, que impediu a continuidade do modelo tradicional entre outras coisas pela inviabilidade financeira de colocar air bags, deu lugar a recursos de condução semiautônoma.

Disponível nas versões ID. Buzz e ID. Buzz Cargo, ela vai estar à venda na Europa em setembro deste ano. “Na década de 1950, a Kombi representava uma nova sensação de liberdade automotiva, independência e grande emoção. O ID. Buzz carrega esse estilo de vida e o transfere para o nosso tempo: livre de emissões, sustentável, totalmente conectado e agora pronto para o próximo grande capítulo, a direção autônoma. Com este carro, estamos reunindo os temas centrais da nossa estratégia ACCELERATE em um produto pela primeira vez”, diz Ralf Brandstätter, Presidente da Volkswagen.

As unidades a serem vendidas na Europa serão equipadas com uma bateria de 77 kWh. Ela fornece corrente para um motor elétrico de 204 cv localizado no eixo traseiro. A potência de carga, utilizando corrente alternada (AC, a corrente elétrica similar à fornecida pelas tomadas da Enel) é de 11 kW, levando de 2 a 3 horas para um carregamento completo. De acordo com a Volkswagen, com uma tomada CCS, numa estação de carga rápida de corrente contínua (DC), a potência de carga aumenta para até 170 kW. “Carregada dessa maneira, o nível da bateria sobe de 5% para 80% em cerca de 30 minutos”, diz a montadora.

A Volkswagen não informou um detalhe importantíssimo, em se tratando de carro elétrico: a autonomia, ou seja, quanto o novo modelo vai rodar com uma carga completa na bateria. Procuramos essa informação em sites internacionais e achamos sempre o mesmo valor de aproximadamente 250 milhas. Seria algo em torno de 400 km.

 

Segurança – nova Kombi

E como dissemos anteriormente, a nova Kombi vem com importantes contrapontos de segurança que a distanciam muito da geração pioneira da van. O ID. Buzz e o ID. Buzz Cargo trazem, por exemplo, o sistema de alerta local ‘Car2X’, que utiliza sinais de outros veículos e da infraestrutura de transporte para detectar perigos em tempo real. Outros itens presentes são Front Assist e Lane Assist. Uma das funções disponíveis é o “Travel Assist com Swarm data”, que facilita a condução parcialmente autônoma em qualquer velocidade e faz mudança de faixa assistida na estrada. Outra novidade é a função de memória para estacionamento autônomo em um ambiente salvo anteriormente.

 

Tecnologias – nova Kombi

Um detalhe que vale ressaltar é a semelhança, na estrutura, com a Kombi antiga em relação ao eixo dianteiro. O ID. Buzz, assim como a antecessora, não tem o motor na frente. “O time de design criou uma conexão direta com o veículo clássico original: na Kombi T1 (primeira geração), você fica sentado praticamente em cima do eixo dianteiro – não há um balanço dianteiro. O ID. Buzz tem balanços incrivelmente curtos, garantindo tudo o que é importante para a segurança e tecnologia”, afirma a Volkswagen. Isso é ressaltado pela relação entre o comprimento de 4,71 m e a distância entre-eixos de 2,98 m.

 

Nova Kombi

Espaço – nova Kombi

Em relação ao espaço interno, os novos veículos não seguem a tradição da Kombi, que era capaz de levar razoavelmente bem até 9 pessoas. As versões do ID. Buzz abrigam cinco pessoas e têm bagageiro com até 1.121 litros de capacidade. Se a segunda fileira de bancos for rebatida, essa capacidade sobe para até 2.205 litros. “Configurações com seis e sete lugares e distância entre eixos maior virão em médio prazo”, promete a Volkswagen.

Nova Kombi

Outra coisa que a Volkswagen não revelou, além da autonomia, foi o preço. Em busca por sites europeus da montadora (como o da França, por exemplo), vimos que o ID.3 e o ID.4, modelos elétricos que fazem parte da nova geração da empresa, estão na faixa de 40 mil euros. Por fim, como era de se esperar, em se tratando de carros modernos e de alta tecnologia, não há qualquer menção sobre a disponibilidade da nova Kombi no Brasil.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

vítimas de acidentes

O uso dos animais no tratamento de vítimas de acidentes

Há alguns séculos, a tração animal deixou de ser o principal recurso para a mobilidade humana. Mas curiosamente, os bichos seguem fazendo parte do universo automotivo – mas desta vez para ajudar vítimas de acidentes, que tiveram algum tipo de ferimento e precisam de reabilitação física e emocional. A 20ª edição da Reatech (Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação), que será realizada entre 6 e 8 de novembro em São Paulo, vai reunir especialistas de todo o Brasil para discutir, segundo os organizadores do evento, “o poder transformador dos tratamentos assistidos por animais”. Organizada em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a feira traz duas formações ligadas ao

modelos híbridos

Quase 50% preferem modelos híbridos, aponta pesquisa Webmotors

Modelos híbridos – O sonho é não depender mais das variações da gasolina e ter um carro menos poluente e mais silencioso. Mas enquanto ainda há desconfiança em relação à durabilidade das baterias e ao crescimento da infraestrutura de recarga, os consumidores, pelo menos por enquanto, está preferindo os carros que trazem propulsão dupla – motor a combustível e motor elétrico. É o que aponta pesquisa do portal Webmotors Autoinsights  com mais de 1,3 mil respostas colhidas em abril deste anos para compreender o perfil do público interessado por veículos eletrificados.  O levantamento foi feito na base de usuários da plataforma, que hoje é uma das maiores do Brasil no

Oroch

Oroch, picape da Renault, foi habilitada para ser táxi

Oroch – Ainda não é comum vermos nas ruas e talvez muita gente não saiba, mas desde o ano passado várias cidades brasileiras autorizaram o uso de picapes como veículos para táxi. A mudança, no entanto, depende do interesse das montadoras para disponibilizar seus modelos nesse tipo de uso. O anúncio mais recente foi o da Renault para a Oroch, picape derivada do SUV Duster. Além de ser mais uma opção para os motoristas desse serviço, essa disponibilidade pode incrementar as vendas do modelo, que hoje ocupa a 7ª posição, em total de emplacamentos das chamadas picapes grandes, do ranking divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

BYD chega a 150 mil carros vendidos no Brasil – e quer crescer muito mais

BYD – Ao mesmo tempo em que trabalha com cifras bilionárias e produtos com alto valor agregado, a indústria automobilística é uma atividade de muito risco. O investimento em um carro, a despeito de todos os cuidados que venham a ser tomados, pode não dar o retorno que a montadora esperava. E exemplos existem: no Brasil temos modelos como o Chevrolet Sonic, o Hyundai Veloster e o Nissan Tiida. Por isso, uma investida feroz como a da chinesa BYD, que chegou em um país continental e com pouca infraestrutura de recarga, como o Brasil, anunciando um portfólio cuja vedete era o uso de motores elétricos (puros ou combinados com sistemas

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail