Vai viajar? Veja a importância do alinhamento e do balanceamento dos pneus

Pneus

Compartilhe:

De dentro do carro, as pessoas dificilmente percebem problemas externos que ele possa apresentar. Lá no conforto do ar condicionado, quem vai se lembrar se os pneus, por exemplo, estão ok? Mas é bom se ligar nisso, tanto para quem roda na cidade quanto – principalmente – para quem vai viajar. Problemas de regulagem nos pneus podem trazer inúmeras consequências desagradáveis. Entre elas estão aumento no consumo de combustível, desconforto, desgaste de peças das suspensão e insegurança.

Para quem não sabe, existem três regulagens principais nos pneus: alinhamento, balanceamento e cambagem. O alinhamento diz respeito à abertura das rodas em relação ao comprimento do carro, ou seja, é a regulagem horizontal deles. Um pneu fica desalinhado quando ele não está paralelo ao que fica do outro lado do eixo. Já a cambagem é a abertura vertical, ou seja, quanto o pneu está inclinado em relação ao solo.

Por fim, o balanceamento diz respeito a uma característica imperceptível para quem vê os aros e os pneus e pensa que eles são circunferências perfeitas. De acordo com Carlos Peixoto, chefe de oficina da Gerardo Bastos, há pontos mais pesados e outros mais leves em ambos os componentes, e é preciso compensar isso com pequenos contrapesos colocados no aro. Ele afirma que, se não for feito o balanceamento, a partir de 60 km por hora os pneus podem fazer a direção vibrar. E quanto maior a velocidade, pior fica essa vibração. “Além de causar um desconforto grande, isso pode danificar os rolamentos da roda”, explica o técnico.

Já em relação ao alinhamento e à cambagem, a falta de regulagem pode causar problemas bem mais graves. “Pode haver desgaste irregular dos pneus, consumo maior de combustível, e danos para as peças da suspensão, porque fica forçando a roda”, avisa José Augusto Oliveira, gerente de oficina da GC Pneus. Na prática, acontece o seguinte, o motorista precisa manter o carro em linha reta e com ambas as quatro rodas bem aderentes ao chão, e se elas não estiverem assim, o veículo anda com atrito maior no solo, o que causa todos os problemas citados.

Quando a falta de regulagem é muito grave, o motorista acaba sentindo na mão, porque precisa fazer mais força para dirigir ou manobrar, ou no bolso, com o maior gasto de gasolina. Mas ela pode estar apenas no início e não ser muito sentida, e mesmo assim vai causar danos ao carro. Por isso, é necessário fazer a verificação periódica do alinhamento, do balanceamento e da cambagem. “O ideal é que seja a cada três meses, porque Fortaleza tem muitos buracos” aconselha Carlos.

E se o carro está todo regulado, o que causa o desalinhamento dos pneus ou a falta de balanceamento? Segundo José Augusto, são vários fatores. “Excesso de peso, passar com velocidade em lombadas ou tartarugas, dar uma pancada em um buraco, tudo isso pode resultar em problemas nos pneus”, afirma. Portanto, o negócio é redobrar a atenção para que não seja necessário levar o carro para a oficina antes do previsto.

Rodízio e calibragem dos pneus

Além de preocupação com alinhamento, balanceamento e cambagem, existe um hábito dos motoristas de colocarem os pneus mais novos no eixo onde há tração ou fazer algum tipo de rodízio. Vale ressaltar, no entanto, que o mais importante é não ter nenhum pneu rodando, seja em que eixo for, com algum tipo de desgaste – seja ele apenas nos cantos ou em toda a extensão da borracha.

Para isso, existe uma medida chamada TWI. Ela consiste em um pequeno marcador de borracha que fica entre os sulcos do pneu. A parte que entra em contato com o solo tem de ser mais alta que a marca TWI. Se elas se encontrarem, é preciso trocar o pneu. Já sobre a calibragem, o ideal é checa-la sempre que for abastecer o carro, e com os pneus frios. E para ter um resultado fiel, é bom não andar mais de 3 km até o posto, porque com a rodagem o ar dentro dos pneus aquece e se dilata, fazendo com que o compressor de ar não consiga medir a pressão correta.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais conteúdo para você

Relacionados

Nivus

Test-drive: veja como anda o Nivus com motor 200 TSI

Nivus – Caro leitor, você já reparou que carros super esportivos com o Porsche 911, e modelos da Ferrari e da Lamborghini têm em comum, entre alguns detalhes, um vidro traseiro extremamente rebaixado, quase na horizontal? Essa inclinação não é à toa. Tem como principal objetivo melhorar a aerodinâmica do carro, diminuindo o atrito com o ar. Dá-se a esse tipo de veículo o nome de cupê. O termo vem, originalmente, de carruagens francesas que eram diminuídas ou cortadas (em francês, coupé) para ter apenas um banco. No automobilismo, os cupês geralmente são esses modelos esportivos que têm apenas os bancos dianteiros. E como eles também trazem o vidro traseiro

boreal

E tome SUV: Renault Boreal chega até o fim de 2025

Boreal – Quando apostava no sucesso do Sandero e do Logan, modelos que deixou de vender no Brasil, a Renaul chegou a ocupar a 5ª posição do mercado e ter quase 10% do total de modelos emplacados no Brasil, há aproximadamente 10 anos. No entanto, a montadora decidiu seguir a tendência de outros concorrentes e está com seu portfólio cada vez mais preenchido com SUVs. A vez agora é do Boreal, que segundo a marca “supera uma nova etapa em sua estratégia de expansão internacional”. O SUV é destinado aos mercados fora da Europa – mais precisamente América Latina, Norte da África, Turquia, Índia e Coreia do Sul. “Nossas vendas

Geely

Geely: mais uma montadora chinesa chega ao Brasil

Geely – Pelo jeito, a hegemonia europeia, estadunidense, coreana e japonesa no setor automotivo brasileiro está cada vez mais próxima de uma convivência acirrada com a China. Depois de BYD, Chery e GWM começarem a chamar a atenção pela quantidade expressiva de modelos que vemos nas ruas, a Geely está começando a fazer suas divulgações através do modelo EX5, primeiro da marca a chegar ao Brasil. Quem for aficionado por carros vai notar uma unidade do modelo exposta em grandes shopping centers. Isso faz parte da estratégia da Geely, que levou o carro para várias cidades de todo o Brasil com a proposta, segundo ela, de “oferecer uma experiência única

compra online

Compra online de autopeça: Veja 10 dicas para não ter dor de cabeça

Compra online – De comida a móveis e eletroeletrônicos, é cada vez maior o número de consumidores que, ao invés de ir em lojas físicas, preferem fazer a compra pela internet. E com as autopeças não tem sido diferente. Hoje já é possível fazer compra online de componentes em market places como Mercado Livre, Amazon e até em sites de lojas do setor automotivo. Uma questão importante sobre isso, no entanto, é que a compra online de uma peça precisa de certos cuidados adicionais, porque muitas partes do carro estão, por exemplo, relacionadas com a segurança. E outras podem afetar o bolso, aumentando o consumo do carro se não forem

Assine

Recebe novidades e ofertas de nossos parceiros na integra em seu e-mail